segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O Hermano Solitário

Após muito tempo, limpo a poeira desse blog e volto a escrever.
Ainda não acustumei com esse blog, e não tenho custume de escrever periodicamente ou sobre o que tenho vontade de falar, penso, ouço e demais, um péssimo hábito por sinal.

Na semana passada ficou disponível na internet e para compra o CD do hermano Marcelo Camelo, "Sou", que para mim era uma grande expectativa, tanto pelo fato de ser o CD solo do vocalista do Los Hermanos, uma das minhas bandas brasileiras favorita
s na atualidade, quanto pelo fato de não saber o que esperar do Camelo, de não saber como seria suas composições sem a presençã dos demais hermanos.

Não sei se foi somente eu que tive essa impressão quando ouvi o "Sou" pela primeira vez, mas foi bem difícil ter uma opnião formada logo de cara. Mas depois de algumas tardes e noites apreciando o CD, vi que é realmente bom e agradável de se ouvir, ainda mais nesse tempo que estamos, de chuvinha, ficar sozinho em casa tomando uma bela xícara de café quente. Mas digo, não sou a melhor pessoa para dar opnião sobre música ou fazer críticas sobre um cantor, banda, compositor e demais.

"Sou" é basicamente voz e violão, mas é claro que Camelo consegu
e encrementar as músicas e misturar sons que deixa difícil identificar e familiarizar qual seria o estilo. A canção que deve agradar a todos logo de cara é "Janta", com a mais nova ícone do pop, folk ou indie, chame do jeito que você quiser, Mallu Magalhães. Provavelmente é a mais popzinha do CD.
Temos também algumas marchinhas como "Copacabana" e "Menina Bordada", e faixas que são como disse anteriormente, praticamente inteiras voz e violão, como a bela "Doce Solidão", que por sinal, só o assoviar com o bongô no fundo a deixam bem no clima que Camelo quer passar. Outras canções que seguem essa mesma vertente é "Passeando", que tem apenas um verso no final, e "Liberdade", que não tem somente isso, mas uma suave sanfona, mas não qualquer uma, e sim a de Dominguinhos.

A temática que é cantada na maioria das faixas é a solidão, seja a solidão interna, seja a solidão pela ausência de outras pessoas, ou apenas deixar as coisas acontecerem, sem se preocupar demais, como pode ser percebida na letra de "Mais Tarde".

A própria capa do disco fas uma alusão a esse tema. Como vocês podem ver na imagem do disco que coloquei aqui, "Sou" tem um acento agudo embaixo do "o", que juntos formam a frase "Sou só".Mas que se apenas virarmos a paca de cabeça para baixo vira "Nós".


Aqui fica a dica para os demais fãns de Los Hermanos ou do Marcelo Camelo, que consegue mostrar em um cd simples, vários estilos musicais que para alguns são perceptíveis e para outros são somente apreciado. Mas como Camelo disse em uma entrevista, "Meu diálogo é com o som".